Quem Somos

A Academia nasceu sob o signo da romã, símbolo de renovação, multiplicidade, fecundidade e universalidade, mas principalmente de diversidade. Tem por objeto constituir uma autoridade moral independente, fortalecendo a solidariedade entre países e povos de cultura latina e reforçando a justa presença das contribuições da Latinidade – passadas, presentes e futuras – em todos os domínios da civilização. Empreende e desenvolve ações culturais e científicas visando a esse objetivo e favorece o intercâmbio entre todas as culturas do mundo

Apesar de sua extrema diversidade, os latinos podem se orgulhar de uma unita multiplex comum: a Latinidade, que resplandece sob ângulos multipolares e em redes de afinidades culturais e lingüísticas.

A Academia também nasceu da tomada de consciência, em vários países latinos, de que, atualmente, é imprescindível transmitir ao mundo a mensagem de diversidade cultural e lingüística latina. Pois, de Buenos Aires a Bucareste, passando por Bogotá, Lisboa, Madri, Paris e Roma, somos surpreendidos pelo desconhecimento mútuo de artistas, cientistas, universitários, escritores e intelectuais nutridos na fonte latina: aquela do homem em sua dignidade como pessoa e sua liberdade inalienável como ser humano. É esse o motivo que faz com que a Academia da Latinidade promova, entre suas principais ações, seminários, publicações, bolsas de estudo e exposições.

Assim, a Academia se opõe aos danos que possam ser causados pelo desequilíbrio introduzido pela globalização dos meios de comunicação e de intercâmbio, em detrimento das línguas, culturas e valores dos países latinos.

A Academia defende:

  • A necessidade de enfrentar os riscos de uniformização cultural;
  • A valorização da capacidade criativa, da riqueza e da diversidade cultural dos povos latinos no seio da sociedade humana;
  • A importância, para a democracia, das contribuições da civilização latina;
  • O papel eminente da Latinidade enquanto memória, fonte de inovação e de antecipação.

Do Extremo Ocidente a Buenos Aires, do Extremo Oriente a Bucareste, Goa ou Macau, uma questão permanece em suspenso para todos os países latinos, a saber: qual vai ser o papel da Latinidade na era da globalização? Pois a Latinidade é repositória de painéis inteiros de memória da diversidade cultural da humanidade que ainda podem nos trazer algo capaz de nos guiar no pensamento e na vida cotidiana, sobretudo a responsabilidade por umaGlobalatinização do respeito à dignidade humana como fundamento de liberdade e de democracia. Logo, a Latinidade é a idéia federativa pela qual todos os países latinos podem juntar seus projetos de identidade e voltar à sua fonte de cultura e civilização.

A Academia da Latinidade, dada a sua missão, não poderá permanecer indiferente a essa busca de sentido e de novas humanidades, em uma era que já é planetária

Nota bene: Desde o sinistro 11 de Setembro de 2001, a Academia da Latinidade vem trabalhando, por todos os meios intelectuais, em uma lógica de confiança, tal como a amizade que brota entre a vida do espírito e a busca da verdade, sobre o diálogo entre a Latinidade e a herança islâmica.